quarta-feira, 16 de maio de 2012

“É Proibido Proibir!”: as canções de protesto no contexto da ditadura militar


Ana Rosa Oliveira Reis
Frederico César Gonçalves Fernandes
Justo Tadeu de Paiva
Rodrigo Franco Vilhena

“Você me corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto”.
Pesadelo – M. Tapajós e Paulo C. Pinheiro

A música é um dos tipos de arte mais presentes no dia-a-dia das pessoas, um meio de comunicação e de manifestação cultural popular que cotidianamente produzido, aproxima o indivíduo das relações sociais vigentes, permitindo através de sua audição e análise uma maior compreensão do cotidiano, e das realidades que o cerca, pois como nos alude Napolitano: “A música é a interprete de dilemas nacionais e veículo de utopias sociais; canta o futebol, o amor, a dor, um cantinho e o violão” .

Desde a década de 70 quando o ensino passa por uma série de transformações pedagógicas e as necessidades e possibilidades de se diversificar o ensino tornando-o mais dinâmico e inclusivo é algo evidente, em diferentes áreas do saber, mas, sobretudo no âmbito da História “a música tem se tornado objeto de pesquisa de historiadores [...] e sido utilizada como material didático com certa freqüência nas aulas de História” .

Conforme nos mostram os PCN’s, a música é uma importante fonte e recurso para se conhecer e trabalhar a história, no sentido de que “sempre esteve associada às tradições e às culturas de cada época”, portanto carregada de historicidade. Além do mais, ela expressa em si, a diversidade de pensamentos, o que possibilita através do seu contato o desenvolvimento de competências ligadas à leitura e interpretação de textos, além da formação do censo crítico e socialmente consciente do aluno:

Abre-se aí um campo fértil às realizações interdisciplinares, articulando os conhecimentos de História com aqueles referentes à Língua Portuguesa, à Literatura, à Música e a todas as Artes, em geral. Na perspectiva da educação geral e básica, enquanto etapa final da formação de cidadãos críticos e conscientes, preparados para a vida adulta e a inserção autônoma na sociedade, importa reconhecer o papel das competências de leitura e interpretação de textos como uma instrumentalização dos indivíduos, capacitando-os à compreensão do universo caótico de informações e deformações que se processam no cotidiano.

Neste contexto pensando na música como fonte histórica e na forma como esta se associa às relações e conflitos sociais em diferentes momentos e situações históricas, em específico no período da ditadura militar (1964-1985), é que elaboramos a presente proposta, tendo como objetivo geral mostrar aos alunos através da leitura e audição de canções produzidas na década de 70, de que forma agia o regime ditatorial no país, e em contrapartida, de que maneira os artistas e outros diferentes setores da sociedade resistiam contra o sistema político.

Pretendemos ainda contribuir no sentido de mostrar aos alunos a importância da música como fonte histórica, proporcionando a eles a apreensão de conhecimento histórico referente ao período da Ditadura Militar (1964-1985) através da leitura e interpretação de algumas letras de músicas produzidas no período por diversos artistas ligados a MPB.

“O golpe político-militar, de 31 de março, de 1964, deu início ao mais longo período de governo ditatorial da história do Brasil. Ou, melhor dizendo, explicitamente ditatorial” . Implementado por militares e com o apoio de setores conservadores da sociedade, tais como a igreja, “latifundiários do Nordeste e do Sudeste, lideranças das forças armadas e do empresariado industrial, magnatas do capital financeiro [...] e setores das classes médias asfixiadas pela inflação” , além destes, a imprensa principalmente dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, direcionou grande apoio ao golpe, os jornais: Estadão, Folha de São Paulo, O Globo, apoiaram inicialmente a ditadura, no qual o jornal Folha de São Paulo não sofreu com a censura imposta após o golpe. Mas a população, a sociedade em geral não foi favorável ao golpe político-militar.
O golpe trazia consigo o lema “Segurança e Desenvolvimento”, e o desejo de manter ainda em vigor, o velho modelo de exclusão política e social, gestado desde a época da fundação do regime republicano, principalmente, visando manter afastada das decisões políticas a maioria da população, que, desde a morte de Vargas, vinha se politizando.

Neste sentido várias medidas foram adotadas no país pelos militares que através de treze atos institucionais pretendiam controlar a sociedade brasileira, afastar o país do risco comunista, e manter o ‘status quo’ por tempo indeterminado. Com isso, como nos mostra Adriana Lopes: “A sociedade civil, aviltada descobriu, um outro Brasil, rude, autoritário, diverso daquele país generoso e “cordial” dos anos de Juscelino e seus sucessores” .

As medidas dos militares afetaram significativamente o setor cultural do país, onde por meio da repressão estabelecida pelos diversos departamentos de censura criados no país, os artistas tiveram várias de suas obras censuradas bem como a liberdade de expressão na criação de novas obras explicitamente abafada.

A música, sobretudo a música popular brasileira, foi talvez uma das manifestações artísticas e culturais do país que mais tenha sofrido com a repressão e a censura, onde é possível observar nas canções abaixo que os censores ao analisá-las, ficavam presos aos mais insignificantes detalhes, que sob a sua ótica iam contra os princípios morais e aos padrões culturais da época, mas principalmente, estavam sempre atentos às mensagens que por ventura representassem contrariedade as intencionalidades do regime.

Um primeiro exemplo é a canção “Cadê o Meu” de Chico Buarque, que acabou sendo exilado na década de 1970. Assinada com o heterônimo de Julinho da Adelaide, pseudônimo utilizado pelo artista na década de 1970 para despistar os censores, a letra foi proibida em maio de 1973, por tratar-se de “crítica desvairosa ao movimento progressista nacional” . Na observação da técnica de censura Odete Martins Lanziotti, o compositor protestava contra o ‘milagre brasileiro’, conceito de progresso nacional difundido pelo governo militar no início da década de 1970.

Cadê o Meu
Composição: Julinho da Adelaide


O meu amigo está dando mancada
no nosso negócio
eu dou um duro danado
ele vive no ócio.
Pro meu amigo
todo dia é feriado.
eu to à perigo.
ele vive folgado.

Cadê o meu?
Cadê o meu, ó meu?
Dizem que você se defendeu

É o milagre brasileiro
Quanto mais trabalho
Menos vejo dinheiro
É o verdadeiro boom
Tu tá no bem bom
Mas eu vivo sem nenhum
Eu não falo por despeito
Mas, também, se eu fosse eu
lembrava o teu, cobrava o meu direito

Censurada a canção teve trechos como “O meu amigo está dando mancada no nosso negócio. Eu dou um duro danado ele vive no ócio. Pro meu amigo todo dia é feriado. Eu to à perigo. Ele vive folgado” retirados, sendo algum tempo depois liberada para gravação sob o titulo de “Milagre Brasileiro”.

Milagre Brasileiro
Julinho da Adelaide


Cadê o meu?
Cadê o meu, ó meu?
Dizem que você se defendeu
É o milagre brasileiro
Quanto mais trabalho
Menos vejo dinheiro
É o verdadeiro boom
Tu tá no bem bom
Mas eu vivo sem nenhum
Cadê o meu?
Cadê o meu, ó meu?
Eu não falo por despeito
Mas, também, se eu fosse eu
Quebrava o teu
Cobrava o meu
Direito.

Outro exemplo é a canção “Papai me empresta o carro”, de autoria de Rita Lee e Roberto de Carvalho. Enviada ao DCDP - Divisão de Censura de Diversões Públicas, na ação conjunta de dois censores, a música foi extremamente censurada, pois na visão dos censores, como podemos perceber na transcrição de trechos do parecer feitos por eles em dezembro de 1978, a música era classificada como imprópria, pois a letra atenta contra a moral e os bons costumes, valores preservados pela Divisão de Censura:

Departamento de Polícia Federal
Serviço de Censura de Diversões
Parecer: nº. 3258
Exame Censório

De acordo com o veto pelas razões abaixo:

a) a estrutura familiar binômio pai/mãe são contestados pela falta de autenticidade;
b) a afirmação de que “não tem medo de fazer o que quer” naturalmente excluída a regulamentação sócio/comportamental.
c) a linguagem frouxa (desrespeitosa): “só quero um sarro”.
d) mensagem final em metáfora: “mais hora no seu carro com meu bem. Que traduzido diz naturalmente que o sexo será no carro: o que coloca em evidência os costumes da época. Não vamos endossá-lo para mais diluir os bons costumes. [...]

Rio de Janeiro 13 de dezembro de 1978
Maria A. Brum Duarte. Tec. De Cons .

Abaixo, a letra original da música enviada ao DCDP:

Papai me Empresta o Carro
Rita Lee e Roberto de Carvalho


Papai me empreste o carro
Papai me empreste o carro
To precisando dele pra levar
Minha garota ao cinema
Papai nao crio problema
Nao tenho grana pra pagar
um motel, nao sou do tipo que frequenta
bordel, você precisa me quebrar esse galho
Então me empreste o carro
papai me empreste o carro
Pra poder tirar um sarro com
meu bem!
Papai eu nao fumo
papai eu nao bebo
Meu único defeito é nao ter medo
De fazer o que gosto
Papai eu aposto
Na minha idade você pintava
o sete, mamãe tem ódio de uma tal
Elizete, aqui em casa eh impossível
namorar
Então qual eh a sua?
Eu só quero sarro
Meia hora no seu carro
com meu bem! Uuu..

Ter ou não a obra liberada era, nas palavras de Chico Buarque, roleta russa, visto que, às vezes, uma canção nem tinha a intenção, e mesmo assim, era censurada e em outras, nem era censurada, mais era feita intencionalmente. Chico Buarque foi um dos artistas e compositores mais perseguidos pela ditadura, ao todo ele teve 40 músicas vetadas. Mas como ele, muitos outros artistas tiveram muitas de suas obras censuradas.

Entretanto, mesmo diante de todas as desregradas e rígidas medidas dos censores e militares, os artistas não se redimiram e em meio a protestos abertos e conflitos, por vezes, muito violentos, eles se mostravam e expressavam contrários ante o regime político no país. Na década de 1970, após a publicação do AI – 5 ocorreu um endurecimento, ainda maior na ditadura. Assim, a fim de despistar os censores e manifestar sua opinião, os artistas mesmo sofrendo intensa repressão, e vivendo sob constante vigilância, não deixavam de escrever suas canções, utilizando deste modo do recurso metáfora, em que através de palavras com duplo sentido, e algumas expressões, “por debaixo dos panos” expressavam toda sua indignação contra o regime e aos militares.

Diversas canções foram escritas desta forma neste período, canções que hoje ouvimos, e muitas vezes, nem se quer damos conta que se trata de uma crítica disfarçada a este período.
Um exemplo é a canção “Apesar de Você”, de autoria de Chico Buarque de Holanda, que na época em que escreveu a canção, 1970, ainda usava o pseudônimo, de Julinho da Adelaide. No mesmo ano em que a seleção brasileira de futebol conquistou o tricampeonato mundial, as torturas e desaparecimentos de pessoas contrárias ao regime do general Médici eram constantes. Chico Buarque fez a letra dirigida exatamente à Médici, e enviou aos censores, certo de que não passaria. Mais para seu engano a canção passou e foi gravada e o compacto atingia a marca de 100 mil cópias, quando um jornal insinuou que a música era uma homenagem ao presidente. A gravadora foi invadida e todas as cópias destruídas. Chico foi chamado a um interrogatório para prestar informações e esclarecer que era o “você” mencionado na música, e respondendo disse: “É uma mulher muito mandona, muito autoritária”. A canção só foi regravada em 1978, num álbum que leva o nome do autor da música.

Apesar De Você
Chico Buarque


Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão.
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão.
Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar.
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar.
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria.
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença.
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa.
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia.
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal.

Outro exemplo é a canção “O Bêbado e o Equilibrista”, de autoria de João Bosco e Aldir Blanc. Composta em 1979, tornou-se um símbolo da luta pela anistia. Pela volta dos exilados e pela abertura política do regime militar.

O Bêbado e A Equilibrista
João Bosco / Aldir Blanc


Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona do bordel,
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata-borrão do céu,
Chupavam manchas torturadas, que sufoco!
Louco, o bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil pra noite do Brasil.
Meu Brasil.
Que sonha com a volta do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete.
Chora a nossa pátria mãe gentil,
Choram Marias e Clarisses no solo do Brasil.
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Asas, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar...

Na canção, Carlitos, personagem mais famoso de Charles Chaplin, representa a população oprimida, mas que ainda, consegue manter o bom humor, denunciava as injustiças sociais de forma inteligente e engraçada. A equilibrista dançando na corda bamba, de sombrinha, é a esperança de todo um povo. Henrique de Sousa Filho, conhecido como Henfil, foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro. Seu irmão, Herbert José de Sousa, conhecido como Betinho, foi um sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiro; concebeu e dedicou-se ao projeto Ação da Cidadania contra a Miséria e Pela Vida. Com o golpe militar, em 1964, mobilizou-se contra a ditadura, sem nunca esquecer as causas sociais. Mas, com o aumento da repressão, foi obrigado a se exilar no Chile em 1971. Maria era mãe de Betinho (irmão de Henfil) e Clarice a mulher do jornalista assassinado na ditadura, Vladimir Herzog. Mas Marias e Clarisses, no plural, fazem referência às mães, talvez irmãs ou mulheres de pessoas que se foram, ou mesmo deixaram o nosso país, lutando por um ideal, um sonho, de ver o Brasil livre para a informação e para a expressão das artes.

Podemos observar que as canções, mesmo que por meio da metáfora, fazem referência a diferentes realidades e contextos vivenciados por diferentes segmentos da sociedade no período militar. Neste sentido que a escolhemos como fonte na realização desta proposta.

E para que elas tornassem acessíveis aos alunos durante às aula, é que optamos pelo uso do rádio como veículo de transmissão destas canções, pois como nos atenta Circe Bittencourt: “se existe certa facilidade em usar a música para transformá-la em objeto de investigação. Ouvir música é um prazer, um momento de diversão, de lazer, o qual, ao entrar na sala de aula, se transforma em uma ação intelectual” .

O rádio foi escolhido também por tratar-se de um importante veículo de comunicação utilizado pelos artistas na ditadura militar, onde, mesmo que sofrendo intensa repressão, por meio deste vinculavam suas canções em diferentes programas locais, como também divulgavam a agenda dos shows, desta forma, mobilizando, e ao mesmo tempo, despertando questionamentos na população.

Realizaremos um programa de rádio que será apresentado por dois dos membros da equipe. Para a transmissão deste programa não será utilizado o recurso de gravação prévia, já que toda encenação se realizará ao vivo. Durante o programa as canções escolhidas serão tocadas, e em seguida, os comentaristas farão breves contextualizações históricas acerca das realidades vivenciadas no período que se relacionam com as idéias implícitas nas canções.

Abriremos também um espaço para que os alunos ouvintes façam participações ao vivo, e expressem assim, opiniões e posicionamentos, e troquem diálogos com os apresentadores referentes ao conteúdo do programa e das canções.
Conforme nos mostra, Napolitano:

O uso da música é importante por situar os jovens diante de um meio de comunicação próximo de sua vivência, mediante o qual o professor pode identificar o gosto, a estética da nova geração. Apesar de todas essas vantagens, o uso da música gera sempre algumas questões .

Neste sentido, esperamos que os alunos consigam compreender através das canções ouvidas e analisadas, o conteúdo histórico da ditadura militar, e que percebam nestas músicas, uma importante fonte para se conhecer a história.

Esperamos ainda, que eles identifiquem nas letras, contextos e realidades vivenciadas pelos artistas no país durante o período ditatorial, encarando-as não só como uma forma de se expressar culturalmente, mais sim, como algo carregado de sentido político.

Fontes consultadas
Processos referentes a censura à canções expedidos por vários departamentos de censura do período ditatorial brasileiro.

Letras das canções
Milagre Brasileiro - Julinho da Adelaide
Papai me Empresta o Carro - Rita Lee e Roberto de Carvalho
Apesar De Você - Chico Buarque
O Bêbado e A Equilibrista - João Bosco / Aldir Blanc

Referências bibliográficas
BITTENCOURT, Circe Maria. Ensino de história: fundamentos e métodos - docência em formação. Rio de Janeiro: Cortez, 2008.

BRASIL. S. de E. Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais - Arte. Brasília: ME, 1997.

FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. O Brasil Republicano 4: o tempo da ditadura. 1 ed. São Paulo: Editora Civilização Brasileira, 2003.

JOVEM, Equipe. Música para quê?. In: REVISTA MUNDO JOVEM. Um jornal de Idéias. Porto Alegre-RS: PUC-RS, ano 45, n. 373, fevereiro de 2007.

LOPEZ, Adriana. História do Brasil: uma interpretação. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2008. 

* Artigo produzido para a disciplina de Prática de Ensino em História sob a orientação da professora Ana Eugênia Nunes de Andrade.