sábado, 10 de setembro de 2011

Você quer ajudar?


















Vinicius Zanotti

Escrevo para apresentar um projeto que tenho desenvolvido desde o último ano, chamado “Escola de Bambu”. No período em que estive fora do Brasil, tive a oportunidade de viajar para a Libéria, país extremamente pobre situado ao oeste do continente africano, logo acima de Serra Leoa.

A Libéria tem uma história triste, devastada por uma guerra civil que durou 15 anos e só se encerrou em 2003. A maior parte dos soldados eram crianças cooptadas pela guerrilha e estimuladas a combater. Ainda hoje é difícil imaginar que isto tenha ocorrido em uma nação que, em 1979, foi considerada a mais pacífica do mundo pelo Guinness Book of Records.

Neste país em que não existe rede pública de energia elétrica, saneamento básico, semáforos em funcionamento, asfaltamento em ruas, transporte público e tantos outros benefícios existentes no lado ocidental do mundo, encontrei uma das pessoas mais incríveis que já tive a oportunidade de conhecer: Sabato Neufville.

Sabato, 34 anos, solteiro, adotou 9 crianças órfãs de guerra e é o principal organizador do “United Youth Movement Against Violence”, cuja finalidade é educar adolescentes liberianos e evitar que virem estatística nos elevados índices de violência infantil que ainda atormentam o país.

Sabato tem salário de U$ 800 mensais para trabalhar em cargo inferior na missão que a ONU mantém na Libéria. Com este dinheiro, além de alimentar e estudar os 9 filhos adotados, financia atividades de teatro, dança e música em dois diferentes bairros. Se não bastasse, ainda construiu uma escola para que 250 crianças da periferia de Monróvia, a capital, pudessem ser educadas na comunidade de Fendell.

O salário que ele consegue repassar aos professores são irrisórios U$ 10, quando o mínimo na Libéria é de U$ 60 mensais. Mesmo assim, os professores da unidade construída com bambus enfileirados não pensam em procurar outro trabalho. Eles sabem que, se abandonarem a comunidade de Fendell, dificilmente aquelas crianças terão outra oportunidade para estudar. A falta de estudo, para aqueles professores, transformará os jovens em presas fáceis de serem cooptadas e levadas ao campo de batalha num eventual novo conflito.

Diante desta situação, decidi gravar o documentário “Escola de Bambu”. Trouxe o material para o Brasil e retomei contatos profissionais para que pudéssemos finalizá-lo. Depois de concluído o vídeo, decidimos nos organizar para construir uma escola de alvenaria em substituição à de bambu. O amigo e arquiteto André Dalbó fez o projeto da nova escola, com banheiros, energia solar e saneamento básico; e agora estamos em fase de captação de recursos.

Enquanto buscamos parcerias com empresas ou instituições que se disponham a patrocinar o projeto, cujo valor total é de R$ 337.119,55, vamos vender DVDs, camisetas e canetas para ajudar a cobrir o orçamento.

Gostaria de pedir a todos vocês uma colaboração neste sentido. Seja comprando um dos produtos ou indicando pessoas que possam ter interesse em nos ajudar nesta empreitada.

Estamos organizados em um grupo que reúne mais de 20 profissionais brasileiros, todos atuando como voluntários, para tentar levar um pouco de esperança e desenvolvimento ao povo acolhedor, sorridente e pacífico da comunidade de Fendell. É o mínimo que a vida e que aquelas crianças podem esperar de nós.

Quem estiver interessado em conhecer mais do projeto, pode acessar:

Neste endereço, você encontrará uma loja online onde pode realizar sua doação comprando algum dos produtos ali oferecidos.

Muito obrigado por chegar até aqui!

Tem muita coisa errada neste mundo sem compaixão de que nos falou Hegel, mas não é por isso que deixaremos de lutar para torná-lo um pouco menos desumano.