segunda-feira, 7 de março de 2011

Música e história na sala de aula

Disciplina: Estágio Supervisionado
Projeto de Intervenção 

Aluno: Álvaro Nonato Franco
Professora supervisora: Ana Eugênia Nunes de Andrade

1. Justificativa

O objetivo deste projeto é relatar a proposta de intervenção de estágio supervisionado realizado na Escola Municipal “Dom Otávio”, que conta com duas turmas de nono ano, cada uma delas com trinta alunos. O contato com essas turmas vem sendo praticado sem interrupções há praticamente três meses, e através dele este estagiário esta ciente de parte das dificuldades didático-pedagógicas de cada uma delas. Mas sendo necessário escolher uma única classe para a realização dessa intervenção, foi escolhido o nono ano nº 2.

Como já foi escrito acima, o contato com esta turma vem sendo realizado há algum tempo sendo possível conhecer os alunos, ajudá-los na resolução das atividades e avaliações; manter um diálogo constante com a professora orientadora sobre as dificuldades relacionadas ao ensino e a aprendizagem para esses estudantes. E através das observações e diálogos é possível afirmar que um dos grandes problemas é dificuldade que os alunos possuem na área de interpretação de textos.

A partir do problema constatado foi necessário aplicar uma atividade para confirmá-lo que consistia na interpretação de uma música e de uma charge a ela relacionado. A escolha da música para esta atividade não foi aleatória; serão elas as fontes históricas que usaremos durante a prova-aula. Trazê-las em um primeiro momento já reduzirá a estranhamento que os alunos poderão sentir, uma vez que não estão familiarizados com a gama de fontes que podem servir para a construção historiográfica dos mais diferentes temas. Ela foi avaliada num total de três pontos, e o desempenho da maior parte da classe foi negativo, não atingindo a média estabelecida (um ponto e meio).

Através dessa intervenção tentaremos minimizar o problema de interpretação dos estudantes do nono ano nº  2 da Escola Municipal “Dom Otávio”, uma vez que acreditamos que a capacidade de interpretação é fundamental na vida de qualquer pessoa. Com ela é possível desenvolver a criticidade desses estudantes, algo que vem salientado nos Parâmetros Curriculares Nacionais como uma das metas a serem atingidas por alunos e professores ao término do Ensino Fundamental, uma vez que dotados da capacidade de questionar e entender o meio em que está inserido, o aluno pode se posicionar de forma consciente diante das mais dispares situações em sua vida.

2. Delimitação do problema

Depois de constato o problema de interpretação, buscamos verificar as possíveis causas que o provocam; uma de nossas primeiras atitudes foi conversar com a professora – orientadora sobre esta questão. Ela relatou que os estudantes não lêem os textos com a devida atenção e que respondem as questões a ele relacionadas apressadamente, com um pouco de desleixo. Muitas vezes ao encontrar palavras desconhecidas, não procuram compreender o seu significado. O uso do dicionário não é uma prática comum na turma; muitos dos estudantes nem o levam para a escola contrariando a solicitação da maioria dos professores. Dessa forma eles não compreendem corretamente o significado dos textos, não apenas nas aulas de História, repetindo essa dificuldade durante as aulas de Língua Portuguesa, Geografia, Matemática e as demais disciplinas que utilizam à interpretação.

A professora recomenda que a leitura seja realizada várias vezes, tanto do texto como das suas perguntas, que eles façam um vocabulário no final da leitura, mas os alunos dificilmente seguem a essas recomendações. No livro didático adotado pela escola, pertencente à coleção “Projeto Araribá”, existem exercícios envolvendo textos variados, fontes históricas, como imagens, ou textos do período estudado... Eles são trabalhados constantemente pela professora, embora os alunos não possuam consciência da importância desses documentos para a historiografia. Assim, as dificuldades persistem, e quando se trata das fontes históricas elas se tornam ainda maiores.

Como é apontado por Richard Bamberg a leitura é fundamental para o desenvolvimento do intelecto. É a leitura um dos meios mais eficazes para o desenvolvimento da linguagem e da personalidade. Um aluno que é capaz de interpretar um texto aprende, se comunica e se expressa melhor.

Para os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) o aluno deve compreender a cidadania como um ato de participação social e política. Afirma ainda que se deve  levá-los a se posicionar criticamente nas mais diferentes situações sociais. Levando esse objetivo para área de História especificamente, deve ser desenvolvida capacidade critica a fim de que o estudante possa questionar a sua realidade, identificando as problemáticas que a permeiam e possíveis soluções. Leitura e interpretação são fundamentais para essas questões. Através da leitura se obtêm informação sobre a realidade do seu país e do mundo. Interpretando esses fatos corretamente os alunos serão capazes de se posicionar em relação a eles.

A professora – orientadora, Dinah Júlia, sempre traz atividades diversificadas para a sala de aula. Utilizando diferentes recursos para o desenvolvimento da interpretação. Não fica presa apenas ao livro didático, buscando em outras formas de trabalhar. As fontes históricas estão sendo incluídas em sua prática docente, como uma sugestão desse estagiário, sendo avaliadas por ela como importantes recursos para a construção do conhecimento histórico. Em suas avaliações bimestrais há pelo menos um texto, sendo pedido aos alunos que o interprete. Fontes como caricaturas, charges, histórias em quadrinhos também já estão sendo incluídas nas atividades avaliativas. O que o exercício aplicado por esse estagiário trouxe de diferente foi a música como fonte histórica, pois ela nunca foi antes utilizada em sala de aula.  

Essa atividade foi aplicada ao fim da unidade “A República: dos militares às oligarquias”. A música fala sobre as eleições no Brasil durante a República Velha (1889 – 1930), destacando a fraude que existia para garantir o domínio das oligarquias do quadro político nacional. Já a charge trabalhada critica a existência dos “eleitores fantasmas” durante este período da República brasileira. Apenas dez alunos conseguiram atingir ou superar a média estabelecida, comprovando a deficiência apontada nesse projeto de intervenção. Dessas atividades três constam como exemplos nos anexos. As demais estão a disposição da professora-supervisora caso queira analisá-las.

As fontes históricas vêm sendo utilizadas com freqüência dentro do ensino de História. E a justificativa para isso é apontada com destaque por Circe Maria Fernandes Bittencourt, em seu livro “Ensino de História: fundamentos e métodos”:

“As justificativas para a utilização de documentos nas aulas de História são várias e não muito recentes. Muitos professores que os utilizam consideram-nos um instrumento pedagógico eficiente e insubstituível, por possibilitar o contato com o ‘real’, com as situações concretas de um passado abstrato, ou por favorecer o desenvolvimento intelectual dos alunos, em substituição de uma forma pedagógica limitada à simples acumulação de fatos e de uma história linear e global elaborada pelos manuais didáticos”.

O ensino de História deve estar associado à utilização de documentos, pois contribuem para colocar o aluno em contato com um passado que dependendo da forma que lhe é apresentado se torna muito distante, dissociado do tempo presente. Contribuem ainda para o desenvolvimento intelectual dos alunos, uma vez que rompe com a idéia de história linear, e ajudam no desenvolvimento da criticidade e da interpretação. Utilizar a música é de suma importância, pois ainda segundo Circe Bittencourt:

O uso da música é importante para colocar os jovens diante de um meio de comunicação próximo da sua vivência, mediante o qual o professor pode identificar o gosto, a estética da nova geração. Apesar de todas essas vantagens, o uso da música gera algumas questões. (...) o problema que se apresenta é transformá-la em um objeto de investigação. Existe enorme diferença entre ouvir música e pensar a música. 

Como a autora a salienta há uma grande diferença entre ouvir a pensar música. Como os alunos não estão familiarizados com o ato de pensá-la, será uma das tarefas desse estagiário conseguir que eles consigam fazê-lo. Mas ao garantir isso temos nas mãos um importante recurso didático para despertar o interesse dos estudantes: a música é algo extremamente comum no cotidiano dos adolescentes. E mesmo sendo aqui utilizadas canções do início do século XX, seu conteúdo humorístico e as temáticas a elas relacionadas serão garantia de atenção e curiosidade. As fontes históricas, independente de quais sejam, nos ajudam a transformar os alunos em seres pensantes, ao contrário de um mero depositário de diferentes informações. 

3. - Objetivos

3.1 - Objetivos gerais

Levar os alunos a entenderem a reforma urbana do Rio de Janeiro como um exemplo da promessa republicana que o Brasil seria levado a um determinado patamar de progresso e modernidade.

3.2 – Objetivos específicos

Levar os alunos a trabalharem com músicas que permitam entender o modo como a população brasileira reagiu a reforma urbana e sanitária do Rio de Janeiro;
  • Compreender as transformações ocorridas na cidade associadas à política higienista que caracterizou o final do século XIX e início do século XX ;        
  • Entender os efeitos da reforma urbana e sanitária para as camadas populares da população carioca, e o modo como eles reagiram a elas, sendo salientada a Revolta da Vacina (1904);
  • Analisar a influência francesa na sociedade brasileira no início do século XX.
4. – Metodologia

4.1 – Os sujeitos da intervenção

Participarão dessa intervenção todos os alunos do nono ano nº 2, primeiramente porque é um problema apresentado por praticamente todos os alunos da turma. E em segundo lugar acreditamos que a troca de conhecimentos entre os próprios alunos é uma forma rica de aprendizagem.

4.2 – Instrumentos de intervenção

Serão utilizadas nessa intervenção, as seguintes músicas: “Vacina Obrigatória” de Mário Pinheiro, produzida entre os anos de 1904 e 1907; “Rato, rato, rato” de Casemiro Rocha e Claudino Manoel da Costa, produzida em 1904; e por fim, “Febre amarela” também de Casemiro Rocha e Claudino Manoel da Costa, ela também foi feita  entre os anos de 1904 e 1907. Para expor os tópicos a serem explicados durante a aula serão mostradas no data-show fotografias da reforma urbana no Rio de Janeiro

4.3 – Procedimentos de intervenção

A aula será intitulada com a seguinte problemática “Como o Rio de Janeiro se tornou a cidade maravilhosa? Logo no início da aula serão apresentadas as seguintes músicas:

Rato, rato, rato(1904)
Autor: Casemiro Rocha e Claudino Manoel da Costa
Intérprete: Claudino Manoel da Costa
Gênero: Polca
Gravadora: Odeon

Rato, rato, rato
Assim gritavam os compradores ambulantes
Rato, rato, rato,
Para vender na academia aos estudantes
Rato, rato, rato
Dá bastante amolação
Quando passam os garotos, todos rotos
A comprar rato, capitão

Quem apanha ratos?
Aqui estou eu para comprar, para comprar
Ratos baratos
São necessários para estudar, para estudar
Já que vens saber
Que este viver é minha sina
Rato, rato, rato, rato
Na parada da vacina

Rato, rato, rato
Só se vê aqui no Rio de Janeiro
Rato, rato, rato
Quem os tiver já não passa sem dinheiro
Rato, rato, rato
É a nossa salvação
Pra esses nossos malandrotes não passarem
Todo dia sem o pão

Tem vendedor que compra ratos
Nunca tive um casamento
Nem procuro trabalhar
Ratos quando estou em casa estou prendendo
Ratos que no outro dia estou vendendo
Com (...) que é desconhecido
Nem por isso meu negócio assim produz
Tem que trazê-lo na memória,
O belo tempo de glória, dr.Oswaldo Cruz

Rato, rato, rato
Assim gritavam os compradores ambulantes
Rato, rato, rato,
Para vender na academia aos estudantes
Rato, rato, rato
Dá bastante amolação
Quando passam os garotos, todos rotos
A comprar rato, capitão(?)”

Febre amarela (1904 – 1907)
Autor: Casemiro Rocha e Claudino Manoel da Costa
Intérprete: Claudino Manoel da Costa
Gênero: Polca
Gravadora: Odeon

“Hoje em dia em falso rente (?)
Acabou-se a sua guerra
Do senhor, seu Presidente
Não há mais febre amarela

Entornou-se todo o caldo
E o mosquito já não grita
Porque o grande mestre Oswaldo
Vai dar cabo da maldita

Foi-se (.........),
Foi de embrulho,
Foi de embrulho a passeata
Um manata fez barulho,
Arrumou-se a grande lata
Diz o Oswaldo da amarela
Que lhe tira o seu topete
Antes de 7 de março
De 1907

(Ri)

Pois compra sempre o Oswaldo
Por subir com o figurão
Ratos 300 réis
Camundongos a tostão
Isso todo vale cobre
E o micróbio lança grito
Porque o Oswaldo anda comprando
Esqueleto de mosquito

Fiz economia, fiz barulho
Foi de embrulho, passeata,
Um manata fez barulho,
Arrumou-se a grande lata
Diz Oswaldo da amarela
Que lhe tira o seu topete
Antes de 7 de março
De 907
(Ri)
Que ela acaba ou não acaba
Se apertar muito as varetas
Machucar todo o micróbio
Eu estou vendo as coisas pretas
Quero o tal mata-mosquito
Pra que não se faça feio
Que se bote (...........)
Que tem mais de metro e meio

E a economia foi de embrulho
Foi de embrulho, passeata
Um manata fez barulho,
Arrumou-lhe a grande lata
Diz Oswaldo da amarela
Que lhe tira o seu topete
Antes de 7 de março
De 1907
           
A partir dessas canções será pedido que os alunos identifiquem alguns dos problemas que circundavam a cidade do Rio de Janeiro, capital do Brasil, no início do século XX. Nesses aspectos ficam evidentes dois grandes problemas: o número excessivo de ratos, o que provocava na cidade surtos de peste bubônica. E a segunda música fala da febre amarela. Além disso, comentaremos que a varíola também era outro grande problema da capital.

Em seguida será realizada a seguinte pergunta: “Por que essas doenças se tornaram um grande problema nesse momento?” Não só o Rio de Janeiro, como várias cidades do país eram assoladas por essas epidemias ao longo de nossa história, mas só aqui nesse início de século XX que se decidiu fazer algo. Por isso, cabe aqui discutir sobre o higienismo, política sanitária, surgida com os médicos europeus na segunda metade do século XIX.

O Rio era um local propicio para a disseminação de doenças. O inicio do século passado foi marcado por um grande êxodo rural; se dirigiam para as cidades escravos libertados pela lei áurea, imigrantes que estavam em constantes conflitos com os fazendeiros pelas péssimas condições de trabalho no campo... As cidades crescem em ritmo acelerado e desordenado. Neste contexto as camadas mais pobres da população irão se dirigir aos cortiços. Antigos casarões dos tempos do Império, divididos em uma série de cômodos, onde viviam várias de famílias com as mínimas condições de higiene, dividindo de forma muito próxima o mesmo espaço, o que torna propício a disseminação de epidemias.

Além disso, o presidente Rodrigues Alves (1902–1906), tinha o desejo de deixar a capital brasileira semelhante à Paris, símbolo do progresso e da modernidade, segundo os republicanos, e por isso deveria ser copiada na capital nacional. Dessa forma, foram abertas largas avenidas, os prédios das principais avenidas foram ostentados com mármore e cristal, e elas foram iluminadas pela eletricidade. O centro do Rio de Janeiro, principal região afetada pela reforma urbana, tinha o objetivo de ser uma vitrine, que demonstraria ao mundo que o Brasil estava assimilando os padrões estéticos europeus. Aqui será destacada a ação do prefeito da cidade Pereira Passos que presenciou a reforma urbana de Paris, e ganhou plenos poderes para efetuar a da capital brasileira.

Após esta explicação partiremos para a seguinte questão: “Como o governo agiu diante dessas questões”. Para isso voltaremos as músicas exibidas no inicio desta seção, e será solicitado se ao lê-las os alunos conseguem identificar as ações do governo. Serão descritas aqui as ações de Oswaldo Cruz, médico sanitarista, diretor-geral da Saúde Pública, a quem foi designado acabar com as moléstias que afligiam a capital nacional. A venda de ratos ao governo como uma forma de erradicar a peste bubônica será mais longamente explicada, assim como os diferentes usos que os brasileiros fizeram desse comércio.

Em seguida, encerraremos a aula com a seguinte problemática: Qual foi à reação popular diante dessas reformas? Propositalmente deixamos de lado os efeitos negativos dessa reforma: a demolição dos cortiços, sem o oferecimento de novas moradias para seus habitantes. A brutalidade usada pelos agentes sanitários na aplicação das vacinas de prevenção a varíola. Dessa forma a reação popular não poderia ser outra a não ser a revolta, assim para encerrarmos esta intervenção, discutiremos sobre a Revolta da Vacina, e para tal, usaremos a seguinte música, onde conseguiremos perceber a resistência da população a vacina e a violência usada pelos agentes sanitários:

Vacina obrigatória (1904-1907)
Intérprete: Mario Pinheiro
Gênero: Cançoneta
Gravadora: Odeon

Anda o povo acelerado com horror a palmatória
Por causa dessa lambança da vacina obrigatória
Os manatas da sabença estão teimando desta vez
Em meter o ferro a pulso bem no braço do freguês

E os doutores da higiene vão deitando logo a mão
Sem saber se o sujeito quer levar o ferro ou não
Seja moço ou seja velho, ou mulatinha que tem visgo
Homem sério, tudo, tudo leva ferro, que é servido.

Bem no braço do Zé povo, chega um tipo e logo vai
Enfiando aquele troço, a lanceta e tudo o mais
Mas a lei manda que o povo e o coitado do freguês
Vá gemendo na vacina ou então vá pro xadrez

Contam um caso sucedido que o negócio tudo logra
O doutor foi lá em casa vacinar a minha sogra
A velha como uma bicha teve um riso contrafeito
E peitou com o doutor bem na cara do sujeito

E quando o ferro foi entrando fez a velha uma careta
Teve mesmo um chilique eu vi a coisa preta
Mas eu disse pro doutor: vá furando até o cabo
Que a senhora minha sogra é levada dos diabos

Tem um casal de namorados que eu conheço a triste sina
Houve forte rebuliço só por causa da vacina
A moça que era inocente e um pouquinho adiantada
Quando foi para pretoria já estava vacinada

Eu não nesse arrastão sem fazer o meu barulho
Os doutores da ciência terão mesmo que ir no embrulho
Não embarco na canoa que a vacina me persegue
Vão meter ferro no boi ou nos diabos que os carregue.

Para finalizar, lançaremos aos alunos a seguinte questão para debate: “É possível afirmar que o Brasil se modernizou com a reforma urbana e sanitária, levando em consideração todos os seus efeitos?”. A partir de suas opiniões, poderemos observar qual a representação há em seu imaginário sobre progresso e modernidade.
           
4.4 – Resultados esperados da intervenção

Espera-se que ao final dessa intervenção os alunos consigam entender as causas e as condições da reforma urbana e sanitária do Rio de Janeiro, levando em consideração o projeto republicano de progresso e modernidade, e associando-o a políticas sanitárias que vigoravam no mundo durante este período.     

A partir do exercício de problematização das fontes históricas apresentadas, ou seja, as músicas e fotografias que retratam a situação da capital brasileira, poderemos estabelecer uma relação entre os alunos e fontes históricas, ressaltando é claro que elas representam apenas uma visão de mundo, que as coisas não aconteciam exatamente da forma como foram retratadas. Dessa forma, também estaremos atendendo uma necessidade dos Parâmetros Curriculares Nacionais, que pedem que se aproxime o saber acadêmico do saber escolar, mostrando de forma superficial metodologias de trabalho do historiador, problematizando as fontes.   Esperamos também que sejam minimizadas as dificuldades apresentadas pelos alunos do nono ano nº 2 na área de interpretação de textos.

4.5 – Avaliação da intervenção

Após a explicação ter sido encerrada os alunos deverão realizar um exercício de interpretação de texto, e tal qual a atividade que foi aplicada para a constatação do problema, constará de uma música e uma charge que confirme ou contrarie os aspectos nela presentes. Haverá a necessidade de relacionar as informações para se responder as perguntas. Com a ajuda de um dicionário farão um vocabulário com as palavras desconhecidas, e em seguida responderão as questões sobre ele.

Referências bibliográficas

BAMBERG, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. Editora Ática: São Paulo, 2002.

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004.

Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.